A Cidade Velha – o centro histórico da cidade e o coração da capital – foi cuidadosamente reconstruída com todos os pormenores e está inscrita na lista de Patrimónios Mundiais da UNESCO. Quem vê o Mercado da Cidade Velha dificilmente acreditará que esta área histórica de Varsóvia em 1945 estava completamente arrasada. No Museu Histórico, que fica na praça do Mercado, pode-se assistir ao filme que apresenta a história da capital.
Muitas lojas, restaurantes e cafés têm longa tradição. O restaurante “U Fukiera”(antigamente uma cave) já existe há 300 anos e é considerado um dos melhores da cidade.
Na rua Freta 16, na casa onde nasceu a grande cientista química Maria Skłodowska-Curie (duas vezes premiada com o prémio Nobel), funciona o museu dedicado à sua vida e obra.
A Cidade Velha, cheia de casas e igrejas históricas, está rodeada pelas muralhas medievais defensivas com o portão fortificado chamado Barbacã, que protegia a entrada da cidade. No coração do centro histórico encontra-se a Praça do Mercado com o símbolo de Varsóvia – a linda Sereia com a espada e o escudo, a protetora da cidade. Várias galerias e cafés encantadores com esplanadas atraem centenas de turistas. Ao sul da Cidade Velha está o Castelo Real, principal edifício da Praça do Castelo, um exemplo único da arte de reconstrução, que foi financiada unicamente com os fundos doados pelos polacos do mundo inteiro. A reconstrução foi concluída no ano de 1984. Em frente ao Castelo encontramos outro emblema da cidade, o mais antigo monumento de Varsóvia: a coluna de 22 metros de altura do rei Sigismundo III Vasa. Erguida em 1644, recorda um momento crucial na história da cidade que foi a transferência no século XVI da principal residência real de Sigismundo III Vasa, de Cracóvia para Varsóvia, transformando-a na capital do país.
Na Praça do Castelo começa o Caminho Real que segue pelas ruas elegantes de Krakowskie Przedmiecie e Aleje Ujazdowskie até ao Palácio de Wilanów. Ao longo dele encontram-se diversos palacetes e antigas residências aristocráticas que hoje abrigam várias embaixadas, edifícios governamentais e instituições públicas, e também inúmeras lojas, galerias, livrarias e cafés. O palácio branco dos Radziwiłł do século XVII é atualmente o Palácio Presidencial. Em frente, encontra-se o monumento do herói nacional polaco, o príncipe José Poniatowski.
Junto ao Palácio Presidencial encontra-se o hotel Bristol, um dos mais conhecidos da cidade, construído em 1899 no estilo neorenascentista.
No trecho sul da rua Krakowskie Przedmieście encontra-se a Universidade de Varsóvia, fundada em 1816, e hoje uma das mais importantes escolas de ensino superior do país. Antes da rua Krakowskie Przedmieście passar a se chamar rua Nowy Świat, encontra-se a Igreja da Santa Cruz onde, no seu interior, na segunda coluna à esquerda, está colocada a urna com o coração de Chopin. Em vários lugares do Caminho Real podemos encontrar os bancos de granito preto colocados nos lugares relacionados com a vida do compositor. Ao carregar no botão, fazemos o banco tocar um fragmento da melodia de Chopin. A Rua Nowy Świat (Novo Mundo) é um lugar de encontros, na qual os habitantes e visitantes vêm passear e conhecer inúmeros cafés e lojas. O Café Blikle, famoso pelos seus bolos e doces conta com mais de 100 anos da tradição.
Situada na Praça das Três Cruzes (Plac Trzech Krzyży), a rua Novo Mundo (Nowy Świat) passa a se chamar Avenida Ujazdowskie (Aleje Ujazdowskie), onde se encontram antigos palácios aristocráticos que hoje abrigam embaixadas e desde onde poderá avistar o edifício do Parlamento Polaco ao fundo.
No cruzamento com a rua Bagatela fica o trecho do Caminho Real que surpreende com a beleza natural e arquitetura neoclássica, o famoso Parque Łazienki Królewskie. O terreno foi comprado pelo último rei da Polónia, Estanislao Augusto Poniatowski em 1760 e transformado num parque inglês com um lago e canais. Na pequena ilha, no meio do lago, o rei mandou construir o Palácio na Água (também conhecido como Palácio da Ilha e Palácio Sobre a Água), a sua residência de verão num estilo neoclássico. Com muitos móveis da época, o palácio abriga uma coleção de pintura de mestres holandeses e flamengos. Perto do Palácio encontra-se o anfiteatro, inspirado nos teatros antigos. Dentro do parque, num encantador jardim modernista e junto à conhecida estátua de Chopin no mundo, são realizados concertos de piano ao ar livre aos domingos no verão, com pianista do todo o mundo que interpretam as peças do grande compositor romântico polaco.
No final de Avenida Ujazdowskie fica o Palácio Belweder, hoje destinado aos hóspedes oficiais do Presidente da Polónia.
Desde este ponto faltam poucos quilómetros para chegar ao parque e ao Palácio de Wilanów, onde termina o Caminho Real.
- Crianças experimentando no Centro de Ciência Kopernik
- Polin, museu de judeus poloneses
- Rota Real
- O jardim e o Palácio barroco Wilanów
- Vista do Estádio Nacional
- Museu do Levante de Varsóvia 1944
O Palácio da Cultura e Ciência situado na Praça de Desfiles (Pl. Defilad), é tão insólito como controverso. Foi um “presente de grego” de Stalin e apresenta traços característicos da arquitetura do estilo do Realismo Socialista. Foi construído em 1955 e tem 237 m de altura e 3288 salas, sendo uma parte usada pelas instituições, outras destinadas para fins culturais e de recreação. Do miradouro no 30º andar podemos apreciar a vista panorâmica de 360 graus de Varsóvia.
Na Praça Teatral domina o edifício neoclássico do Grande Teatro - Ópera Nacional construído no início do século XIX. A Ópera tem capacidade para 2000 espectadores. Atrás do teatro encontra-se a ampla Praça de Pilsudski com o Túmulo do Soldado Desconhecido. Adjacente à praça encontra-se o bonito parque Saski, estabelecido em 1727.
Antes da II Guerra Mundial, em Varsóvia viviam mais de 300 mil judeus. Hoje, no local onde havia o bairro judeu que durante a guerra foi rodeado com muros e transformado em Gueto, em frente do Monumento dos Heróis do Gueto de Varsóvia, foi construído o Museu da História dos Judeus Poloneses dedicado à história milenar da comunidade judaica na Polônia.
Na outra margem do rio Vístula, a tradição junta-se à modernidade no bairro Praga. Por um lado dominam as antigas casas, por outro – o estádio super moderno construído para a Eurocopa de Futebol (EURO 2012). O SoHo Factory, na rua Mińska 25, um recinto que concentra as empresas da indústria criativa e que é também o local de vários eventos artísticos. Um lugar que merece uma atenção especial.
Museu de Frédéric Chopin: Uma instituição multimédia moderna e bem equipada é um lugar único, no âmbito europeu, que une ciência e a arte. A exposição onde os visitantes podem interagir com os objetos expostos, dando vida ao mundo e à música do grande compositor.
Museu da História dos Judeus Polacos (POLIN)
É um museu multimédia, cujo conteúdo será apresentado em forma interativa, com aplicação das tecnologias modernas. Numa das seções do museu será construída uma réplica em tamanho natural de uma das ruas do bairro judeu de Varsóvia de antes da II Guerra Mundial. Nesse local, graças à utilização do som, fotografias, slides e imagens em movimento, os visitantes terão a sensação de estar a participar no quotidiano dos seus habitantes. A seção destinada ao Holocausto terá a forma de uma espécie de caixa cercada por um muro. As imagens digitalizadas de documentos históricos que falam dos vários "shtetls", os retratos e outros materiais obtidos de arquivos e das coleções da Polônia serão expostos numa seção à parte.
O Centro de Ciência Kopernik é o maior centro de ciência na Polónia e um dos maiores na Europa. Os visitantes podem conhecer as leis da natureza e ciência participando em exposições interativas e realizar experiências em laboratórios temáticos. Lá encontrará o planetário multimédia, um parque de descobridores com uma galeria de arte na parte exterior, e o anfiteatro onde no verão funciona o cinema ao ar livre.
O Museu Nacional é o maior na Polónia. No rés-do-chão encontrará galerias de arte antiga e medieval e a história da pintura desde o século XVI até ao século XX. Poderá ainda ver as obras dos mestres polacos, italianos, franceses, flamengos e alemães de diversas épocas. O Museu abriga uma exposição de peças de arte e cultura Nubiana medieval, a maior na Europa, descoberta pelos arqueólogos polacos no Norte do Sudão.
O Centro de Arte Contemporânea localizada no Castelo de Ujazdów é um dos lugares mais importantes de exposição de arte contemporânea.
A Galeria Zachęta na pl. Małachowskiego 3 está entre as galerias de maior prestígio no país. Aqui encontram-se as obras de artistas excecionais como Picasso ou Max Ernst.
Além do Grande Teatro - Ópera Nacional, entre os palcos e salas de concertos mais importantes encontra-se a Ópera de Câmara de Varsóvia na qual todos os anos se realiza o Festival de Mozart ; e a centenária Filarmónica Nacional, onde todos os anos durante o mês de setembro é organizado o Festival da Música Contemporânea “Outono de Varsóvia”, e 5 em 5 anos o Concurso Internacional de Piano de Fréderic Chopin.
O Museu do Levante de Varsóvia foi inaugurado para homenagear a luta pela libertação de Varsóvia da ocupação alemã em 1944. Está localizada na rua Grzybowska, na antiga usina elétrica de elevadores e é um exemplo interessante da arquitetura industrial.
A exposição do Museu Histórico de Varsóvia apresenta 7 séculos da história da cidade. No museu pode-se assistir ao documentário sobre Varsóvia durante a II Guerra Mundial (1939-1945).
Uma característica de Varsóvia é o policentrismo. A capital é um lugar de descanso e de reuniões sociais e empresariais: a Cidade Velha; a rua Krakowskie Przedmieście; a rua Nowy Świat e a Praça das Três Cruzes, entre muitas outras. Varsóvia é uma cidade verde. Os irregulares bancos de areia à margem do rio são rodeados por um matagal. Há grandes parques inclusivé na região central da cidade.