CINCO COISAS QUE DEVES SABER PARA VIAJAR À POLÓNIA
De certeza que já ouviu falar da Polónia e pensou que talvez algum dia iria visitá-la. E se esse “algum dia” chega este ano? Mas...o que faço ali? Visito só uma cidade ou fico mais tempo? Também gostaria de relaxar por minha conta durante as férias e não ver só monumentos, por muito históricos que sejam...Vamos dar-lhe uns conceitos básicos para convencê-lo porque deveria pensar seriamente em visitar este país.
As quatro estações do ano
Poderá aproveitar as férias de verão ou de outono para fazer um percurso mais longo. A Polónia é um país grande com inúmeros lugares que o irão cativar. Se não optar por realizar um circuito programado (as agências de viagens portuguesas têm uma ampla oferta), o primeiro que deve averiguar é se deverá aproveitar os voos diretos desde o aeroporto mais próximo. Lisboa e Porto são os aeroportos que contam com mais ligações. No inverno sugerimos umas escapada de 3 ou 4 dias a alguma cidade com tradições natalícias arraigadas como Cracóvia, Varsóvia ou Wrocław, ou ao parque Nacional de Białowieża, onde poderá tirar fotos de bisontes em liberdade que lhe darão um toque especial à sua viagem.
Desde Portugal, um voo direto à Polónia demora 4 horas. Só precisa de levar o seu cartão de cidadão e o cartão sanitário europeu (para cidadão da UE) e, a partir de junho de 2022, já não é preciso apresentar nenhum documento sanitário relacionado com o COVID’19. A moeda nacional chamada złoty, é a forma de pagamento mas não se preocupe: o uso dos cartões de débito e crédito é muito habitual e, se não quiser levantar dinheiro nas caixas multibanco, poderá cambiar euros nas casas de câmbio que se encontram em qualquer município e não cobram comissão (não como nos aeroportos). A vantagem de utilizar euros é que tudo parece e é, mais económico.
Não só Cracóvia
Cracóvia e Varsóvia, rivais ou aliadas? Já terá ouvido dizer que Cracóvia é considerada uma das cidades mais belas da Europa. Por outro lado, Varsóvia poderia parecer cinzenta, sobretudo se recordar os cenários do filme O Pianista. No entanto, essa já não é a realidade atual: Varsóvia é um modelo de superação e revitalização, não somente no plano arquitectónico. Dê uma volta pela zona histórica antiga ressuscitada e pelas três residências reais da capital polaca, mergulhe no romantismo da música de Chopin, partilhe com os locais o aniversário da explosão do Levantamento de Varsóvia no primeiro dia de agosto às 17.00 horas (ou diariamente no Museu dedicado a este acontecimento) e poderá sentir a alma da cidade e da Polónia.
Se na sua viagem também procurar história e histórias, além de Varsóvia e Cracóvia, deveria pensar em visitar Gdańsk, na costa báltica. Há mais de oitenta anos que começou aqui a Segunda Guerra Mundial e há mais de quarenta que se formou o legendário sindicato Solidariedade. Desde a cidade poderá fazer uma excursão a Malbork e mergulhar na história e nas histórias dos cavaleiros teutões que aqui construíram um dos maiores castelos do mundo. Se viajar a Wrocław, além de visitar a sua imponente zona histórica antiga, poderá fazer a rota dos gnomos que há pouco tempo “invadiu” a cidade. Poderá ir acrescentando mais cidades com arte, história e encanto: a renascentista Poznań, a gótica Toruń, a surpreendente Lublin ou a “cinematográfica” Łódź. Algumas são Património Mundial da UNESCO.
Rotas religiosas
Apesar de Fátima ser um lugar de culto mariano em Portugal, na Polónia poderá encontrar Czestochowa que guarda a imagem da Virgem Negra. Ambas as cidades estão hermanadas e têm outro ponto em comum: a personagem de São João Pablo II. Além da rota pela Polónia, seguindo as pegadas de Karol Woltyla, uma atraente proposta para pequenos grupos de viajantes são as igrejas de madeira ao sul do país, declaradas Património da Humanidade. A Polónia, ao ser um país católico, os lugares de culto podem-se encontrar inclusive na Mina de Sal Wieliczka (a capela de Santa Kinga) ou em ambientes naturais, fazendo, por exemplo, caminhadas.
Igreja de madeira no sul da Polónia, em Dębno
Natureza
10% do território da Polónia encontra-se ocupado por espaços naturais protegidos. Poderá encontrar algum dos 23 parques nacionais do país muito perto das suas grandes cidades. Imagine que já visitou Cracóvia, onde durante três dias terá disfrutado dos seus monumentos, esplanadas e do ambiente noturno do bairro judeu de Kazimierz. Agora irá querer fazer caminhadas, andar de bicicleta ou simplesmente sair da cidade. Muito próximo dessa zona encontra-se o Parque Nacional de Ojcowski que forma parte da Rota dos Ninhos da Águia, unindo Cracóvia e Częstochowa. Se quiser ir um pouco mais além, a 100 km da cidade, poderá disfrutar do Parque Nacional de Pieniny e do Parque Nacional dos Tatra. Se passar duas ou três noites na zona terá a ocasião de visitar destacados monumentos construídos em madeira (por exemplo, uma série de igrejas declaradas Património da Humanidade), provar deliciosos produtos regionais desta parte da Polónia, disfrutar do folclore montanhês e – não perca a oportunidade! - relaxar nalguma das cinco termas próximas a Zakopane, onde poderá disfrutar de águas geotermais com temperaturas suaves e agradáveis.
Parque Nacional de Pieniny
Viagens com sabor
Não há nada como a comida portuguesa mas, de certeza que irá ficar surpreendido com o sabor da gastronomia polaca. Não vá embora sem provar um prato humilde como os pierogi, nem um nobre como o pato recheado. Se viajar no outono, recomendamos aproveitar a época para degustar um bigos e ganso assado, e terminar qualquer comida com alguma dos suculentas e, bem confecionadas, sobremesas caseiras.
Pierogi